quinta-feira, 4 de abril de 2013

2001 - Uma Odisséia No Espaço - 45 Anos

Via Omelete

Há 45 anos chegava aos cinemas uma obra-prima. Da colaboração entre Stanley Kubrick e Arthur C. Clark, nascia o épico espacial que se tornaria um marco cinematográfico, considerado um dos melhores e mais influentes longas da história.

Parcialmente inspirado no conto A Sentinela de Clark, 2001 - Uma Odisséia No Espaço trata com apuro científico temas como a evolução humana, tecnologia, inteligência artificial e vida extraterrestre. O pioneirismo e a qualidade dos seus efeitos especiais foram premiados com o Oscar e criaram um novo (e alto) parâmetro para as ficções científicas. Para celebrar o aniversário, o pessoal da Omelete separou dez curiosidades sobre a produção. Curta abaixo.

1 - Não há diálogo nos primeiros 25 minutos de filme (o silêncio acaba com a voz da comissária de bordo em 25:38) e nem nos últimos 23 minútos (sem contar os créditos finais). Somando essas duas sequências, e outras duas mais curtas, há 88 minutos sem diálogos no filme.


2 - Para as cenas na superfície da lua, Kubrick mandou importar, lavar e pintar centenas de toneladas de areia.


3 - Originalmente, Kubrick pediu ao maquiador Stuart Freeborn para criar um visual primitivo, mas humano, para os primeiros homens. O problema é que a maquiagem criada exigia que os atores estivessem nus, o que levaria o filme a ganhar uma classificação 18 anos. Kubrick, então, optou pelo visual dos macacos. Com exceção dos filhotes de chipanzé, todos os personagens foram interpretados por humanos, sendo o comediante Ronnie Corbertt o modelo usado para a maquiagem criada por Freeborn e sua esposa, Kathleen.


4 - De acordo com o produtor e supervisor de efeitos especiais Douglas Trumbull, a quantidade de material filmado superaria em 200 vezes os 160 minutos de filme exibidos na première.




5 - Depois de trabalhar meses, sem sucesso com a equiepe de efeitos especiais para chegar a um efeito verossímil para cena da caneta flutuante, Kubrick decidiu que a melhor forma seria "colar" a caneta a uma lâmina de vidro e suspendê-la na frente da câmera. Ao final da cena, é possível ver a comissária da nave puxar a caneta do vidro.


6 - Segundo Gary Lockwood, Kubrick originalmente concebeu Hal 9000 como Athena e o computador teria a voz de uma mulher. Em seguida, o diretor tentou usar Martin Balsam, mas achou que sua voz tinha muita emoção e um sotaque nova-iorquino. Nigel Daventport também foi testado e considerado "britânico demais". Douglas Rain foi então escolhido pelo diretor-assistente Derek Cracknell e aprovado por Kubrick por ter uma "espécie de sotaque brando do meio do Atlântico" que seria ideal para o papel. Rain gravou sua participação em apenas 9h.


7 - Kubrick e Clarke assistiram diversas ficções científica durante a preparação criativa para o filme e o próprio Kubrick admitiu a influência dos filmes do produtor George Pal. A Conquista do Espaço (1955), por exemplo, teria influência em diversos pontos da trama.


8 - Segundo Clarke, Kubrick tentou conseguir uma apólice de seguro na Lloyd's Of London, mercado de seguro britânico famoso pelas coberturas incomuns (como segurar a voz de Bruce Springsteen em US$ 6 milhões), caso extraterrestes fossem descobertos antes do lançamento do filme. O astrônomo Carl Sagan chegou a comentar a recusa da Lloyd's: "Em meados da década de 60 não existia nenhuma busca por inteligência extraterrestre e as chances de alguém se deparar acidentalmente com extraterrestres era extremamente pequena. A Lloyd's of London perdeu uma boa aposta".


9 - O monolito originalmente seria um tetraedro preto, porém, o objeto não refletia bam a luz. Kubrick então decidiu usar um cubo transparente, mas a alternativa se provou difícil em função dos reflexos criados pelas luzes do estúdio. Antes da conhecida placa preta também foi testado um monolito retangular acrílico, mas a opção foi descartada, pois não parecia convincente.


10 - O Pink Floyd faria a trilha sonora do filme. Apesar da colaboração não ter acontecido de fato (clique aqui para saber mais), acredita-se que, seguindo a tradição entre O Mágico de Oz e Dark Side Of The Moon (clique aqui e saiba mais), os mais de 23 minutos de "Echoes", do álbum Meedle, podem ser perfeitamente sincronizados à sequência "Jupiter & Beyond the Infinite" do filme.


Legal né?


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