segunda-feira, 7 de abril de 2014

Aumenta no Lollapalooza. Confira como foi o segundo dia de festival

                                   Foto: I Hate Flash/Mangabeira

Se o primeiro dia foi cheio de fortes emoções, o segundo nos guardava emoções mais fortes ainda. O dia foi reservado para as novas gerações se cruzarem com a old school, num misto de lágrimas, saudosismo e muita música (claro!).


                                    Foto: I Hate Flash/Padilha

Nossa correspondente Gabi (@gabiviaceli) resumiu tudo em uma frase: "Que show!" Se tinha maneira melhor de começar o dia, foi ao som de um simpático Johnny Marr. O ex-guitarrista do The Smiths, que também já tocou com The Pretenders, The Cribs e Modest House e serviu de inspiração para Oasis, Colplay e Radiohead, foi um poço de simpatia e carismático ao extremo.

Desfilando clássicos de sua ex-banda, a The Smiths, o show teve o ápice quando Andy Rourke foi chamado ao palco para tocar suas linhas de baixo em "How Soon Is Now?". E, se alguém tinha alguma dúvida de qual é a escola de Johnny, ela veio abaixo quando ele e a banda (afinadíssima alás) tocaram "I Fought The Law", que ficou imortalizada com seus conterrâneos do The Clash. Resumindo em uma frase, "que show!"

Ellie Goulding

                                    Foto: I Hate Flash/Aragao

Taí um show que me surpreendeu. Das duas uma. Ou eu estou muito desatualizado e não conheço mais o som mais novo, ou eu só ando ouvindo coisas velhas e estou deixando a desejar. Vai saber.

Essa Ellie Goulding é aquela da trilha sonora de "Crepúsculo". E ela tem um zilhão de fãs no Brasil. Isso mesmo. A galera que se fez presente cantava todas, eu disse todas as músicas em uníssono. Com a camisa número 10 da seleção escrita com seu nome, do início ao fim ela foi incendiária, não parou um minuto.

Confesso que não acompanhava nada da carreira dessa inglesinha de 27 anos, mas o show dela foi contagiante.

Vampire Weekend

                                   Foto: I Hate Flash/Schlaepfer

Se teve um show que era aguardado pela molecada, esse era o show do Vampire Weekend.  Eu particularmente não achei graça, a começar pelo baixista que estava usando uma bermuda mostarda, no melhor estilo Rajesh Kootrhapahli (The Big Bang Theory).

Os som da banda me lembrou um pouco de Paralamas do Sucesso na época de Selvagem. E só.

Pixies

                                   Foto: I Hate Flash/Schlaepfer

23 músicas. Essa foi a setlist do show do Pixies no festival Lollapallooza. Seu som gritante, que influenciou desde Nirvana até Smashing Pumpkins, fez com que as gerações ali presentes tivessem uma aula de Rock N' Roll!

Recheado de clássicos como "Monkeys Gone To Heaven" "Where's My Mind", "La La Love You" e "Here Comes Your Man", o Pixies mostrou o porque é uma das bandas mais influentes do planeta. Lágrimas de emoção rolaram do início ao fim.

Destaque para a nova baixista, a argentina Paz Lechantin, que em nada deixou a desejar no cargo que foi de Kim Deal até o ano passado.

Soundgarden

                                   Foto: I Hate Flash/Schlaepfer

Foram anos de espera. E valeu a pena. O Soundgarden mostrou todo seu peso característico em um setlist baseado em seu maior sucesso, Superunknow de 1994. Ao lado de Pearl Jam, Nirvana e Alice in Chains, as bandas que levaram ao mundo o Grunge, o show foi espetacular.

"Jesus Christ Pose" que levou a galera ao delírio, começou com Chris Cornell pegando o pedestal do microfone e a guitarra fazendo uma cruz e dedicou ao Brasil por "ter esperado tanto tempo pela banda".

Apesar dos pesares, o show agradou a gregos e troianos. Não é fácil gostar de Soundgarden, ou você ama ou você odeia, não tem meio termo. Resta saber se os músicos ficaram satisfeitos.

New Order

                                    Foto: I Hate Flash/Nomoto

Se tinha maneira melhor de terminar o festival, ele se resume em New Order. Que show, que produção de palco, que sintonia, quanto saudosismo, quantos flashbacks.

A banda abriu com "Crystal" e na sequencia emendou "Trasmission" do Joy Division. Aliás, o show foi uma ode a Ian Curtis, que completaria 58 anos no dia 15 de julho. Os pais do rock eletrônico desfilaram simpatia, carisma e clássicos no seu set list.

"Ceremony", "586", "Bizarre Love Triangle" e "Blue Monday", que fez a old school ficar totalmente com os olhos cheios de lágrimas foram executadas com primor e por quem tem mais de 40 anos de carreira. Não fosse por eles, arrisco-me a dizer que Pet Shop Boys, Depeche Mode, Moby, Stone Roses, Primal Scream, Smashing Pumpkins, LCD Soundsystem e o próprio Arcade Fire, que também tocou no festival.

Quando todo mundo achava que o show tinha acabado, eles voltam e destilam "Atmosphere" e "Love Will Tears Us Apart", fazendo com que o segundo e último dia de festival e a última música a ser executada deixasse todos com gostinho de quero mais.

Obrigado Lollapalooza por proporcionar a todos momentos inesquecíveis. Nos vemos em 2015.



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